Pedofilia Feminina
Apesar de a pedofilia predominar
entre os heterossexuais masculino, também ocorre entre os heterossexuais
femininos e homossexuais de ambos os sexos.
A pedofilia é um fenômeno complexo,
sendo necessário estudar as diversas motivações e como elas se combinam em
certos indivíduos, grupos sociais e culturas e as causas dessa violência de
modo a facilitar a identificação dos mesmos e dos possíveis meios de proteção.
A pedofilia tornou-se tema
bastante comentado nos últimos anos, nos meios de comunicação, por especialistas
da área da criança e do adolescente e outros profissionais preocupados com o
comportamento humano. Isso se deve ao fato da grande visibilidade de situações
de pedofilia, associadas principalmente à pornografia na Internet. Porém,
ocultam os poucos dados estatísticos da pedofilia feminina que é tão nociva
quanto a pedofilia masculina.
O conceito social da pedofilia
define-se pela atração erótica por crianças. Essa atração pode ser elaborada no
terreno da fantasia (fetichismo) ou se materializar em atos sexuais com meninas
e meninos. Em ambas as situações o abusador pode ser do gênero masculino ou
feminino.
No Brasil fica difícil falar em
pedofilia feminina e muito mais de aceitá-la. Pergunte a um adolescente de 14
anos: “Uma mulher de 25 anos dando em cima de você é pedofilia?”
- Ele dirá que não. E completa:
Eu sou o cara. – Reflexo da cultura machista.
Em nossa sociedade fica ou não
difícil um pai denunciar uma mulher de pedofilia?
Imagine este pai indo à delegacia
denunciar um ato de pedofilia feminina contra seu filho.
As formas de aliciar não tem
gênero. Dar um doce, uma bala, dinheiro, roupa, em troca de sexo com ou sem
contato físico não é único dos homens. Quando se fala então em sedução a mulher
é mais sedutora ou não é?
A mulher adulta que alicia
sexualmente um adolescente se considera pedófila?
Como a sociedade vê esta
situação?
Muitos vão justificar que o garoto
vai por que quer.
E quando é a garota, vai por que
quer?
E quando é com nosso filho ou
filha foram por que quiseram?
E mesmo que queira cabe ao adulto
ter o discernimento do que é correto ou errado. Ou não?
Faça uma pesquisa pessoal
perguntando aos adolescentes do seu meio social se já foram “paquerados” por
mulheres mais velhas.
Desconstruir esses estereótipos é
dar nova direção ao nosso olhar em busca do entendimento e da construção de
mecanismos os quais nos levam a melhorar nossos comportamentos individuais
focando o interesse coletivo. O bem estar físico, psíquico, moral. Afinal é um
direito humano vivermos bem e socialmente.
Juntos contra o Abuso e Violência
Sexual de Crianças e Adolescentes.